segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Amores,.... Perfeitos !!!!



A boa mãe é aquela que vai se tornando desnecessária com o passar do tempo. Várias vezes ouvi de um amigo psicanalista essa frase, e ela sempre me soou estranha. Chegou a hora de reprimir de vez o
impulso natural materno de querer colocar a cria embaixo da asa, protegida de todos os erros, tristezas e perigos. Uma batalha hercúlea, confesso. Quando começo a esmorecer na luta para
controlar a super-mãe que todas temos dentro de nós, lembro logo da frase, hoje absolutamente clara.
Se eu fiz o meu trabalho direito, tenho que me tornar desnecessária. Antes que alguma mãe apressada me acuse de desamor, explico o que significa isso. Ser “desnecessária” é não deixar que o amor incondicional de mãe, que sempre existirá, provoque vício e dependência nos filhos, como uma droga, a ponto de eles não conseguirem ser autónomos, confiantes e independentes. Prontos para traçar seu rumo, fazer suas escolhas, superar suas frustrações e cometer os próprios erros também. A cada fase da vida, vamos cortando e refazendo o cordão umbilical. A cada nova fase, uma nova perda é um novo ganho, para os dois lados, mãe e filho. Porque o amor é um processo de libertação permanente e esse vínculo não pára de se transformar ao longo da vida. Até o dia em que os filhos se tornam adultos, constituem a própria família e recomeçam o ciclo. O que eles precisam é ter certeza de que estamos lá, firmes, na concordância ou na divergência, no sucesso ou no fracasso, com o peito aberto para o aconchego, o abraço apertado, o conforto nas horas difíceis. Pai e mãe - solidários - criam filhos para serem livres. Esse é o maior desafio e a principal missão. Ao aprendermos a ser “desnecessários”, nos transformamos em porto seguro para quando eles decidirem atracar.

"Dê a quem você Ama :
- Asas para voar...
- Raízes para voltar...
- Motivos para ficar... " - Dalai Lama

Desconhecendo o seu autor,   faço minhas as palavras deste  texto que achei lindo,  tão descritivo  do amor de "Mãe". Amor  incondicional,  sofrido  e esquecido  de si próprio.

NÓS!!!

Há muito que nada escrevo. A minha falta de tempo fez-me abdicar de muita coisa,  tanta coisa que  é NADA, perante a ausência definitiva de quem um dia vimos partir para a eternidade.
Nos caminhos da vida encontramos muitos obstáculos, que vamos pouco a pouco tentando derrubar, alguns são infinitamente insuperáveis e incontornáveis. Há coisas a que realmente só damos valor após as perdermos, porque tem o ser humano de ser "burro". Porque não nos satisfazermos com o dia a dia,  e a  VIVÊ-LO em toda a sua plenitude.
 Nós somos  como a chama da lamparina que se apaga com  leve brisa,mas que antes consumiu  a  imagem esculpida, restando algo disforme e sem vida.
As memórias e recordações vão se acumulando como um nó difícil de desatar. Recordo-te e sonho contigo, vejo o teu corpo, jamais a tua cara  As gargalhadas que  ecoavam quando nos juntávamos não passam de sons irreptíveis, deram lugar a  lágrimas. Sinto falta, sinto saudade, saudade da TUA  presença,  a PRESENÇA   de alguém ausente, TU!!!


!9/08/2013. R.T.



terça-feira, 27 de novembro de 2012

Ser Mãe!!!

Meu filho nasceu de mim numa bela manhã de Setembro;
 ...e desde então me sinto 'renascida'
 ...a cada manhã que acordo e vejo seu sorriso...
...cada dia que ouço a sua voz;
... cada momento que ouço o seu chamado;

    Ser mãe é nascer todos os dias;
    Com um único pensamento, 
    Ser Mãe, mãe do meu filho!
      R.T.



A criança que fui ,...

A criança que fui chora na estrada. 
Deixei-a ali quando vim ser quem sou; 
Mas hoje, vendo que o que sou é nada, 
Quero ir buscar quem fui onde ficou. 

Ah, como hei-de encontrá-lo? Quem errou 
A vinda tem a regressão errada. 
Já não sei de onde vim nem onde estou. 
De o não saber, minha alma está parada. 

Se ao menos atingir neste lugar 
Um alto monte, de onde possa enfim 
O que esqueci, olhando-o, relembrar, 

Na ausência, ao menos, saberei de mim, 
E, ao ver-me tal qual fui ao longe, achar 
Em mim um pouco de quando era assim.


F.Pessoa

domingo, 11 de novembro de 2012

A UM AUSENTE,...


Tenho razão de sentir saudade,tenho razão de te acusar.Houve um pacto implícito que rompeste e sem te despedires foste embora.
Detonaste o pacto.Detonaste a vida geral, a comum aquiescênciade viver e explorar os rumos de obscuridade sem prazo sem consulta sem provocação até o limite das folhas caídas na hora de cair.

Antecipaste a hora.Teu ponteiro enlouqueceu, enlouquecendo nossas horas.Que poderias ter feito de mais gravedo que o ato sem continuação, o ato em si,o ato que não ousamos nem sabemos ousarporque depois dele não há nada?

Tenho razão para sentir saudade de ti,de nossa convivência em falas camaradas,simples apertar de mãos, nem isso, voz modulando sílabas conhecidas e banais que eram sempre certeza e segurança.

Sim, tenho saudades.Sim, acuso-te porque fizeste o não previsto nas leis da amizade e da natureza nem nos deixaste sequer o direito de indagar porque o fizeste, porque te foste!!!!

(Carlos Drummond de Andrade)

Descompustura ao meu amigo lá de cima


Deus, estou zangado contigo. Suponho que já Te habituaste às minhas zangas como Te habituaste às minhas dúvidas, aos meus afastamentos, aos meus regressos a fingir que não venho, aos momentos de harmonia que de vez em quando existem entre nós, à minha incompreensão de tanta coisa que fazes ou não fazes, aos meus ralhetes, aos meus amuos, ao que considero as Tuas injustiças, a Tua crueldade e se calhar não é injustiça, se calhar não é crueldade, sou parvo, não ligues, não consigo entender as Tuas profundezas e os Teus caminhos, o significado dos Teus gestos. Só que ultimamente tens exagerado: o ano ainda mal começou e já desataste a despovoar o mundo à minha roda, eu que nunca fui próximo de muita gente, bicho do mato a fechar-me, a fechar-me. Começaste pelo Zé Manel Rodrigues da Silva, não sei se Te lembras dele, era jornalista, morava na Rua Azedo Gneco, usava óculos, acho que Te lembras porque se vestia de uma maneira única, fumava cachimbo, tinha brinquedos em casa, bebia chá, os olhos desapareciam a sorrir, era muito generoso e muito bom, usava cabelo comprido com risca ao meio, barba, um anel de prata no mindinho, houve uma altura em que fumou cigarros de mortalha, se procurares achas fotografias da gente os dois no Teu arquivo. Tiraste o Zé Manel sem razão, não fazia mal a ninguém, fez bem a muitas pessoas a começar por mim que estou aqui a jeito
(estou sempre aqui a jeito)
segurava os óculos com um fio. O Zé Manel, desculpa lá, não perdoo, quer dizer não digo que daqui a uns tempos não perdoe mas para já não perdoo. E a seguir, pumba, a Tereza. Dessa recordas-Te, não mintas, foi a semana passada, perdão, o funeral foi domingo passado, fresco ainda, não franzas a testa a pensar, não Te escapes, é impossível que não Te recordes, a mulher do Rui, a mãe do Henrique e da Sara, pertencíamos à mesma editora, a Tereza tomava conta de mim, foste tão duro para ela nos últimos tempos e a Tereza sempre corajosa, digna, sem uma queixa. E depois do coiso no cérebro de que ela se estava a levantar com uma força de vontade que nunca vi amandas-lhe uma gripe, uma pneumonia, cuidados intensivos, os orgãos a desistirem um a um, a inabalável esperança do Rui e o seu imenso amor, nós ambos ao pé da Tereza, toda ligada aos tubos, a inabalável esperança do Rui e a minha nula esperança, durou mais ou menos durante quinze dias
(mais de quinze dias)
o Rui acreditava, eu não acreditava e infelizmente a razão do meu lado, sempre me maçou ter razão, bendigo algumas das minhas asneiras, das minhas imprudências, das minhas tolices. Só ando certo ao escrever, no resto acho-me sinceramente
(e não consegues desmentir)
um palerma, no que diz respeito à vida prática eis o campeão dos azelhas, um desastrado Quixote interior. Bom, mas isso não interessa, interessa a Tereza, Tereza com z, não com s, não me desvies a esferográfica. Na missa de corpo presente comoveram-me as lágrimas do padre, mais junto de Ti e mais conhecedor das Tuas razões do que eu. Estaria zangado também, o padre? Ou aceitava? Senhor padre, entre nós que eu não conto a ninguém, estava zangado ou aceitava? No dia em que a Tereza morreu fui a casa deles, ainda o Rui não tinha dito aos filhos que lhes levaras a mãe
- Venha ver o sítio onde a Tereza lia os seus livros
um apartamento muito bonito, cheio de luz, cheio de vida, feito à justinha para as pessoas serem felizes, os livros, os quadros, os móveis. E depois a elegância de sentimentos do Rui, a elegância na dor, a mais rara de todas. A inveja de uma família assim, as irmãs, os pais, o
(não é piegas nem exagerado)
amor deles, a infinita delicadeza, a discrição de uma imensa ternura. E na volta, Deus, vens lá de cima fazer isto? Com que direito? Porquê? Explica-Te, mereço, no mínimo, uma justificação. Há coisas que doem, no caso de andares distraído: o anel da Tereza no dedo do Rui, o beijo que deu no anel, os pobres beijos que lhe dei a ele e não serviam de nada. Rui, eu gosto muito de si. Deus, neste momento não gosto nada de Ti. A Tereza queria tanto viver. Palavras suas
- Quero muito viver
ela sentada à minha frente, do outro lado da mesa onde escrevo, neste lugar cheio de lixo e tão sujo onde eu, obsessivamente meticuloso, me sinto, pasme-se, bem.
- Quero muito viver
dizia a Tereza
- Quero muito viver
depois de falarmos de trabalho e disto e daquilo, o que fizemos, o que íamos fazer. Que mulher tão forte a Tereza, Rui, que Mulher, apenas. O Rui
- Lembra-se da nossa viagem à América?
há pouco tempo, contentes. Contentes em Nova Iorque, Rui, em Washington. Em Boston roubei à descarada uma primeira edição do último Conrad, que o autor deixou incompleto. À Tereza e ao Rui quem os completa a partir de domingo, Deus? E agora um aviso solene, uma ameaça, uma ordem: livra-Te de tornares a meter-Te com a família do Rui. Ouviste bem? Livra-Te de tornares a meter-Te com a família do Rui porque, se o fizeres, vais ter-me à perna a Eternidade inteira e não sou um osso fácil de roer.
António Lobo Antunes


sexta-feira, 12 de outubro de 2012

O teu retrato


O Teu retrato;
Salta-me aos olhos!
Que de Ti , guardo a alma porque outra imagem  não tenho;
Teu sereno sorriso, profundo, da imensa ternura do teu EU.
Teus lábios suaves, fechados,  que encerraram para sempre palavras por dizer,
Que terias  para me falar, mas que não TE atreves-te a dizer, nem eu a perguntar!
Talvez, tão-somente o quanto gostávamos Uma da Outra;
Teus cabelos jogados atestavam a Tua timidez,
Sombria , que me impediam de  ver o teu  rosto.
Passo a passo, momento a momento, dia a dia vou-te construindo do jeito que hoje te recordo,
Vejo-te  por inteiro...Como as linhas que de Ti escrevo.
Sinto a Tua presença e ouço a Tua gargalhada sonora, … ilusão!
A imagem que de Ti faço é o retrato que de Ti tenho!
Imagem minha, …
Retrato Teu.
 RT.(10/07/2012)

As memórias do Palato


      As memórias são sempre memórias, sejam elas  familiares, profissionais ou  culinárias. E nós eternos saudosistas, com o tempo e a distância tudo o que recordamos se torna maior e melhor do que realmente foi. Saudosistas até no palato, salivamos  só de lembrar pequenas delicias , comidas em tempos longinquos, talvez na  infância, adolescência  ou  já adultos, em  boa companhia.  Podendo  até degustar muitas vezes, jamais terão o mesmo sabor, gosto e prazer.
Sou saudosa, daquele bolo feito pela minha Mãe, num simples e desusado forno  a gaz, cuja cobertura de acúcar branco, escondia um bolo simples de água, ou de  sumo de laranja ( “laranjada”, como a  Mãe  dizia). Por vezes saía um pouco queimado, devido a este percalço culinário, foi  apelidado de “ banco e pêto”. Não olhando á  sua  fraca aparência e não fazendo justiça aos dotes culinários da minha mãe, o meu/ nosso  bolo  “ banco e pêto”, era disputado á fatia, por nós  adultos (6) e pelas nossas crianças (3), desaparecendo como que  por magia,  devorado  entre dentadas,  gargalhadas,  felicidade e  gulodice. A Mãe feliz, por nos ver a todos  comer do seu bolo tão avidamente,  sinal de que estava saboroso , assim era sem dúvida , voltava a fazer outro para o dia seguinte.
Este bolo foi durante muitos anos um espectador atento, mudo e  cúmplice  destas reuniões familiares de fins de semana. A receita é impossível de revelar,  os seus ingredientes  possuíam sabores,  secretíssimos, que só nós conhecemos. O sabor da união familiar, do carinho, do aconchego e  da ternura.
Novo ingrediente foi adicionado a esta receita “ saudade”, a minha mãe está neste momento á beira dos 90 anos , não se atreve mais  a deitar" mão á massa", e a fazer  mais o seu “ banco e pêto”, mas, mesmo que o voltasse a fazer,  não teria o mesmo gosto.
  As crianças de outrora, deixaram de o ser,  algumas  fatias já não teriam o   seu ” dono guloso”,  muitas  gargalhadas  se  calaram  para sempre.  Eu tornei-me  “saudosa”,  de saberes, sabores e viveres,  de  tempos findos, que jamais voltarão. Saudosa daqueles tempos em que ainda éramos todos “felizes-gulosos”, teimo em perpetuar no espírito e no palato o “sabor” deste bolo. Um  sabor  longínquo, um  sabor  que  a memória lembra, e  que  cada dia se torna para  mim  mais doce,… ou agri-doce!

09/10/2012- R.T.


sábado, 26 de maio de 2012


O que Distingue um Amigo Verdadeiro

Não se pode ter muitos amigos. Mesmo que se queira, mesmo que se conheçam pessoas de quem apetece ser amiga, não se pode ter muitos amigos. Ou melhor: nunca se pode ser bom amigo de muitas pessoas. Ou melhor: amigo. A preocupação da alma e a ocupação do espaço, o tempo que se pode passar e a atenção que se pode dar — todas estas coisas são finitas e têm de ser partilhadas. Não chegam para mais de um, dois, três, quatro, cinco amigos. É preciso saber partilhar o que temos com eles e não se pode dividir uma coisa já de si pequena (nós) por muitas pessoas. 

Os amigos, como acontece com os amantes, também têm de ser escolhidos. Pode custar-nos não ter tempo nem vida para se ser amigo de alguém de quem se gosta, mas esse é um dos custos da amizade. O que é bom sai caro. A tendência automática é para ter um máximo de amigos ou mesmo ser amigo de toda a gente. Trata-se de uma espécie de promiscuidade, para não dizer a pior. Não se pode ser amigo de todas as pessoas de que se gosta. Às vezes, para se ser amigo de alguém, chega a ser preciso ser-se inimigo de quem se gosta. 

Em Portugal, a amizade leva-se a sério e pratica-se bem. É uma coisa à qual se dedica tempo, nervosismo, exaltação. A amizade é vista, e é verdade, como o único sentimento indispensável. No entanto, existe uma mentalidade Speedy González, toda «Hey gringo, my friend», que vê em cada ser humano um «amigo». Todos conhecemos o género — é o «gajo porreiro», que se «dá bem com toda a gente». E o «amigalhaço». E tem, naturalmente, dezenas de amigos e de amigas, centenas de amiguinhos, camaradas, compinchas, cúmplices, correligionários, colegas e outras coisas começadas por c. Os amigalhaços são mais detestáveis que os piores inimigos. Os nossos inimigos, ao menos, não nos traem. Odeiam-nos lealmente. Mas um amigalhaço, que é amigo de muitos pares de inimigos e passa o tempo a tentar conciliar posições e personalidades irreconciliáveis, é sempre um traidor. Para mais, pífio e arrependido. Para se ser um bom amigo, têm de herdar-se, de coração inteiro, os amigos e os inimigos da outra pessoa. E fácil estar sempre do lado de quem se julga ter razão. O que distingue um amigo verdadeiro é ser capaz de estar ao nosso lado quando nós não temos razão. O amigalhaço, em contrapartida, é o modelo mais mole e vira-casacas da moderação. Diz: «Eu sou muito amigo dele, mas tenho de reconhecer que ele é um sacana.» Como se pode ser amigo de um sacana? Os amigos são, por definição, as melhores pessoas do mundo, as mais interessantes e as mais geniais. Os amigos não podem ser maus. A lealdade é a qualidade mais importante de uma amizade. E claro que é difícil ser inteiramente leal, mas tem de se ser. 

Miguel Esteves Cardoso, in 'Os Meus Problemas'

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

As palavras sempre ficam

" Se me disseres que me amas, acreditarei.
Mas se escreveres que me amas , acreditarei ainda mais.
Se me falares da tua saudade,entenderei.
Mas se me escreveres sobre ela , eu a sentirei contigo.
Se a tristeza vier a te consumir e me contares , eu saberei.
Mas se a descreveres no papel, o seu peso será menor."

...e assim são as palavras escritas:
possuem um magnetismo especial,
libertam, acalentam, invocam emoções.

Elas  possuem a capacidade  de  em poucos minutos, cruzar mares,
saltar montanhas atravessar desertos intocáveis.

Muitas vezes, infelizmente,perde-se o autor ,
 mas a mensagem sobrevive ao tempo,
atravessando séculos e gerações.

Elas marcam um momento que será eternamente revivido
por todos aqueles que a lerem.

Viva o amor com palavras faladas e escritas .
Mate saudades, peça perdão, aproxime-se.
Recupere o tempo perdido, insinue-se.
Alegre alguém,ofereça um simples " Bom-Dia".
Faça um carinho especial.

Use a palavra a todo instante, de todas as maneiras.
A sua força é imensurável.
Lembre-se sempre do poder das palavras.

" Quem escreve constrói um Castelo, 
e quem lê passa a habitá-lo"

( autor desconhecido)